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22 de Abril de 2024

Produção industrial potiguar volta a crescer em março, mostra Sondagem FIERN

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A Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, elaborada pela FIERN, revela que, de acordo com a percepção dos empresários, a produção industrial potiguar registrou crescimento em março de 2024, após três meses apresentando queda. No mesmo sentido, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) aumentou cinco pontos percentuais, para 75%. O emprego industrial também registrou crescimento – o terceiro consecutivo. Já os estoques de produtos finais caíram na comparação com fevereiro, e ficaram abaixo do nível planejado pelo conjunto da indústria.

No primeiro trimestre de 2024, os empresários apontaram menor insatisfação com o lucro operacional e menor dificuldade no acesso ao crédito. Ao mesmo tempo, avaliaram que o ritmo de aumento no preço médio das matérias-primas também desacelerou e reportaram satisfação com a situação financeira de suas empresas.

Competição desleal (informalidade, contrabando, dumping, etc.), elevada carga tributária, demanda interna insuficiente, demanda externa insuficiente, competição com importados, dificuldades na logística de transporte (estradas, infraestrutura portuária, etc.) e falta ou alto custo da matéria-prima foram os principais problemas enfrentados pela indústria potiguar no início de 2024.

Em abril de 2024, o otimismo para os próximos meses está mais disseminado entre os empresários, considerando que todos os indicadores de expectativas avançaram comparativamente ao mês anterior. Desse modo, espera-se ampliação da demanda, da compra de matérias-primas, do número de empregados e da quantidade exportada dos produtos. Além disso, a intenção de investimento voltou a subir.

Quando comparados os dois portes de empresa pesquisados, observam-se, em alguns aspectos, comportamentos divergentes. As pequenas indústrias apontaram queda na produção e no número de empregados pelo sétimo mês seguido; estabilidade nos estoques de produtos finais; insatisfação com a margem de lucro e com sua situação financeira; acesso ao crédito dentro da normalidade; preços médios das matérias-primas em queda; e preveem estabilidade na demanda, nas compras de insumos e no número de empregados nos próximos seis meses. É importante ressaltar que o recuo no nível de atividade sentido pelas pequenas indústrias em março foi mais suave do que o do mês anterior, o que acabou refletindo favoravelmente em outros indicadores e no resultado do conjunto da indústria. As médias e grandes empresas, por sua vez, assinalaram crescimento na produção e no número de empregados; queda no nível de estoques; satisfação com a margem de lucro; avaliaram como boa sua situação financeira; observaram moderação na dificuldade de acesso ao crédito e apontaram maior aumento nos preços médios dos insumos no trimestre; e as perspectivas para os próximos seis meses são de expansão da demanda, da compra de matériasprimas e da contratação de pessoal.

Comparando-se os indicadores avaliados pela nossa Sondagem Industrial com os resultados divulgados em 19/04 pela CNI para o conjunto do Brasil, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram, com a diferença de que os empresários nacionais apontaram pequeno avanço dos estoques de produtos finais na passagem de fevereiro para março de 2024 (indicador de 50,4 pontos) e insatisfação com a situação financeira de suas empresas no primeiro trimestre de 2024 (49,5 pontos).

Os resultados da Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, realizada entre os dias 1º e 9 de abril de 2024, mostram que a atividade industrial potiguar voltou a subir em março de 2024, após registrar três quedas seguidas.

Os resultados da Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, realizada entre os dias 1º e 9 de abril de 2024, mostram que a atividade industrial potiguar voltou a subir em março de 2024, após registrar três quedas seguidas.

O indicador de evolução da produção subiu 9,3 pontos em março de 2024, passando de 47,2 para 56,5 pontos, e ao ultrapassar a linha divisória de 50 pontos, mostra expansão da atividade produtiva comparativamente ao mês anterior (valores acima de 50 pontos indicam aumento). Em relação a março de 2023, o índice cresceu 2,3 pontos (54,2 pontos). O comportamento do índice é divergente, conforme o porte da empresa. As pequenas empresas apontaram queda na produção, conforme indicador de 41,7 pontos (contra 32,1 pontos do mês anterior). Já as médias e grandes indústrias reportaram aumento: indicador de 61,4 pontos (ante 52,1 do levantamento de fevereiro).

O indicador de evolução do número de empregados ficou praticamente estável em março de 2024 (recuo de 0,1 ponto), passando de 51,4 para 51,3 pontos, revelando aumento no emprego industrial em relação ao mês anterior. Na comparação com março de 2023, o indicador avançou 5,0 pontos (46,3 pontos). As pequenas empresas apontaram queda, enquanto as médias e grandes empresas reportaram crescimento no número de empregados: indicadores de 41,7 e 54,5 pontos, respectivamente (ante 42,9 e 54,2 pontos, nessa ordem, da Sondagem de fevereiro).

A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) ficou em 75% em março de 2024, 5 pontos percentuais (p.p.) acima do indicador de fevereiro (70%) e 1 p.p. abaixo do valor registrado em março de 2023 (76%). Com esse aumento, a UCI está 5 p.p. superior à sua média histórica (hoje em 70%). As médias e grandes empresas com um grau médio de utilização de 80% (contra 76% do levantamento anterior) superaram as pequenas indústrias cuja UCI atingiu 58% (face 53% da Sondagem de fevereiro).

Assim como a UCI, o índice de utilização da capacidade instalada efetiva em relação à usual aumentou 2,7 pontos na passagem de fevereiro para março de 2024, passando de 44,9 para 47,6 pontos, mas segue abaixo da linha divisória de 50 pontos, indicando que a atividade industrial estava abaixo do usual para os meses de março. Ou seja, os empresários perceberam uma moderação no recuo da UCI efetiva/usual.

O indicador de evolução dos estoques de produtos finais na indústria potiguar, que recuou 6,3 pontos em março de 2024, passando de 46,9 para 40,6 pontos, revela que os estoques do conjunto do setor caíram comparativamente ao mês anterior (valores abaixo de 50 pontos indicam queda no nível de estoques). Na comparação com março de 2023, o indicador recuou 7,0 pontos (47,6 pontos). As pequenas assinalaram estabilidade nos estoques de produtos finais (indicador de 50,0 pontos), enquanto as médias e grandes indústrias apontaram redução (37,5 pontos).

O indicador de estoque efetivo-planejado de produtos finais decresceu 4,6 pontos em março de 2024, passando de 46,9 para 42,3 pontos, mostrando que o estoque efetivo estava abaixo do nível planejado pelo conjunto da indústria potiguar. Na comparação com março de 2023, o índice caiu 9,4 pontos (51,7 pontos). Em termos de porte empresarial, tanto as pequenas quanto as médias e grandes empresas apontaram estoques abaixo do desejado, conforme indicadores de 41,7 e 42,5 pontos, respectivamente (contra 45,0 e 47,5 pontos, nessa ordem, do levantamento anterior).

Para mais informações sobre números da sondagem e outros gráficos, acesse o link:
https://www.fiern.org.br/wp-content/uploads/2024/04/sondagem_marco_monitoreconomico.pdf

Para mais informações sobre a Sondagem nacional, acessar o link: https://static.portaldaindustria.com.br/media/filer_public/ce/e7/cee70359-1787-405c-8420- 95c3567e3922/sondagemindustrial_marco2024.pdf

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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