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13 de Julho de 2020

IDE e educador português debatem a transformação da escola em comunidade de aprendizagem

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O Instituto de Desenvolvimento da Educação (IDE) põe em discussão a necessidade de transformar a escola enquanto resposta à falta de motivação de crianças e jovens para se manterem engajados com os estudos. “É cada vez mais comum as queixas das escolas quanto à dispersão dos estudantes que influencia nos resultados de aprendizagem e é preciso identificarmos os motivos e as soluções”, destaca Cláudia Santa Rosa, diretora executiva do IDE.

Constata-se que a escola predominante no Século XXI ainda é a mesma que foi estruturada há 200 anos. A crença é de que a aprendizagem só acontece por meio de lições repassadas pelo professor, num modelo de aula padronizado, com forte apelo às longas exposições. Consequentemente, a escola se mantém fechada nela própria, reduzida aos limites de um prédio, muitas vezes sem dispor das condições apropriadas ao desenvolvimento integral de quem aprende.

Para discutir uma pauta urgente, o IDE vem realizando uma agenda semanal de debates sobre importantes temas que afetam a escola, especialmente em tempo de pandemia. O projeto "Diálogos em Defesa da Educação" receberá o educador português, José Pacheco, idealizador da revolucionária Escola da Ponte, localizada no norte de Portugal, que vai discutir a necessidade de a escola ser repensada para sobreviver na atualidade. O encontro acontecerá nessa terça-feira (14), às 19h30, pelo Instagram @ClaudiaStaRosa. 

O caminho para fortalecer a educação formal, que José Pacheco defende, é o da inovação, por meio da transformação da escola em comunidade de aprendizagem, um conceito que reconhece os círculos de vizinhança como potencialidades para ampliar os espaços de aprendizagens para além do prédio escolar.

“Pacheco é incansável na luta por uma educação libertadora. O que ele fez na Escola da Ponte já foi extraordinário, mostrou que a utopia pedagógica é realizável. Agora ele dá um passo adiante com a proposta de espalharmos comunidades de aprendizagens por todos os lugares”, comenta Santa Rosa, que, em 2008, defendeu tese de doutorado em educação a partir de uma profunda pesquisa realizada na Escola da Ponte.

A professora Santa Rosa vem implementando projetos em escolas de Natal, baseados em sua tese de doutorado, sempre com enorme sucesso, basta dizer que a escola com o IDEB mais alto do RN (7.1), foi a primeira que ela implantou a experiência: a Escola Estadual Hegésippo Reis, no bairro Nova Descoberta. Na Escola Estadual de Tempo Integral Dr. Manoel Dantas o trabalho começou em 2015. A instituição tinha medido IDEB 2.5 em 2013 e subiu para 5.8 em 2017. “Com essa Live queremos inspirar professores para inovar e o momento de retorno das escolas às atividades presenciais será muito oportuno”, destaca Cláudia.

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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