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13 de Janeiro de 2021

Estudo: cresce presença feminina em carreiras de tecnologia

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A inserção feminina no mercado de trabalho brasileiro vem sofrendo transformações. Ainda que seja inferior à presença masculina, os avanços já podem ser percebidos em algumas áreas. Segundo o relatório “Mulheres nos Negócios”, da Grant Thornton, organização global de auditoria e consultoria, elas ocuparam 29% das funções de liderança em companhias de todo o mundo em 2019 – o número mais alto da história.

O mercado tem se adaptado aos novos tempos e o setor de tecnologia é um dos grandes exemplos dessa evolução. Atualmente, é possível encontrar mulheres como head no segmento culturalmente masculinizado. Nos últimos cinco anos, a participação feminina na área cresceu 60% – passando de 27,9 mil mulheres para 44,5 mil em 2019, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Mas, ainda assim, elas representam apenas 20% dos profissionais de tecnologia do país.

Estudos de instituições como o Instituto Global McKinsey, IBM e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atestam essa desigualdade. Desde que Marie Curie recebeu o Prêmio Nobel de Física, em 1903, apenas 17 mulheres foram reconhecidas em física, química ou medicina frente a 572 homens. Apenas 35% dos estudantes matriculados em carreiras vinculadas à STEM – Science, Technology, Engineering and Math (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) no ensino superior são mulheres.

Essa lacuna de gênero no local de trabalho pode persistir por décadas, a menos que as empresas priorizem o avanço das mulheres em posições de liderança. Tudo isso em um cenário em que, segundo pesquisa do McKinsey, organizações com um índice superior de diversidade de gênero têm 15% mais chances de obter retornos financeiros acima da média da indústria nacional.

Mas há organizações que fazem a diferença em seus mercados e usam seus esforços e relevância para promoverem um ambiente mais diversificado e de maior sucesso, apostando em gestoras de negócios na nova era digital. É o caso da NESS – empresa de tecnologia da informação e serviços que oferece soluções em diversas verticais de negócios –, que possui três de seus cargos de heads ocupados por mulheres.

“A área de tecnologia é dinâmica e não há impeditivo para a atuação feminina. A NESS é uma organização que acredita na capacidade das pessoas e oferece oportunidades, independentemente de gênero e idade, pois o importante é o conhecimento e o que se tem a oferecer”, destaca Flávia Nogueira, Head of People & Education, que há um ano gerencia a área nas cinco verticais da empresa: Health, Law, Energy, Secutiry e Tech.

Para ela, ser mulher nunca foi uma barreira a ser transposta para se destacar na profissão. “Acredito que pelo meu perfil de liderança, minha determinação e por gostar muito de pessoas sempre tive bons relacionamentos nas organizações em que atuei. Meus liderados sempre me respeitaram até porque tenho a postura de que todos estão ali para somar e agregar valor à equipe. Ser do sexo feminino não me impediu de fazer nada”, explica a líder de Pessoas e Educação.

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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