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06 de Julho de 2020

Empresário Paulo de Paula analisa cenário educacional e ensino a distância pós-pandemia

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Deu no Agora RN:

 

Um dos nomes mais celebrados da educação privada potiguar, o empresário Paulo de Paula também é conhecido pelo pragmatismo e a capacidade de transformar empreendimentos na área em projetos muito bem-sucedidos. Nessa entrevista, como não poderia deixar de ser, ele fala sobre as consequências da pandemia do novo coronavírus para as escolas que atuam em todo os níveis e sustenta: tudo agora dependerá da adaptação ao novo normal.

Como empresário da educação há muitos anos, como o senhor nos resumiria a crise sanitária do coronavírus ao segmento?

Paulo de Paula – Essa pandemia pegou o setor educacional – como, de resto, todos os setores e cadeias produtivas – em cheio. E foi direto também nas famílias, atingindo tanto as crianças do Infantil, como os meninos do Fundamental e os jovens do Ensino Médio e Superior. Mas tingiu a todos de formas diferentes. No infantil, obrigou muitos pais a lidarem com uma situação sem o menor preparo e com limitações de conectividade pela internet, morando em apartamentos pequenos. E, é claro, isso exigiu muito das famílias. Calculo que cerca de 40% das escolas privadas não acompanharam esse processo.

E com relação ao ensino fundamental?

PP – No ensino fundamental não há como as escolas não acompanharem esse momento, já que se trata de uma questão regulamentada. Mesmo assim, as famílias sofreram muito, tendo as escolas a se adaptarem a este momento.

E no ensino médio?

PP – No ensino médio houve uma interação maior do aluno com as escolas e estas, por sua vez, muitas delas, foram obrigadas a se reinventar para atender seu público.

No ensino superior a resposta também foi favorável?

PP – Com a experiência dos alunos ao on line é claro que a adaptação foi bem mais favorável, mas também pegou o setor em cheio. Ao ponto de empresas como capital aberto do setor terem grandes perdas no valor de suas ações.

Então, quais as consequências podemos esperar do ensino em todas as suas faixas a partir de agora com a pandemia?

PP – Com certeza podemos esperar um avanço do on line em todos os níveis a partir de agora nesse novo normal. E as escolas precisarão a se adaptar a isso.

O senhor vislumbra a possibilidade de fusões entre instituições do ensino privado como consequência da pandemia ou o mercado tenderá a se adaptar sem muitas mudanças?

PP – O resultado da pandemia para as escolas como empresas é realmente inusitado. Muitas escolas pequenas não terão condição de voltar ao que era antes da crise e fecharão e já acontece uma concentração no setor na forma de fusões, incorporação e ofertas publicações de ações na Bolsa de Valores e a venda de grandes escolas, como já aconteceu recentemente em Natal.

Na sua opinião as autoridades estaduais estão lidando bem com esse momento?

PP – O governo vem atuando dentro do possível em relação ao setor educacional. Não há muito a se fazer, já que se trata de um segmento – a exemplo de outros – que deve seguir protocolos e aguardar essa reabertura, até onde se sabe, para meados de agosto, o que eu acho precipitado ainda, já que não é a escola o único fator de risco. Muitos desses jovens se deslocarão de ônibus e não é tão simples administrar esse processo.

Em poucas palavras, o que o senhor diria para os empresários potiguares neste momento extremamente delicado.

PP – Diria que acontecerão de fato mudanças de hábitos. E quem entender melhor esse momento de mudanças de hábitos ancorado em tecnologia vai sair na frente, inclusive, mais fortalecido.

Fonte disponível em: https://agorarn.com.br/edicao_jornal/aula-online-tera-forca-maior-no-pos-pandemia-diz-paulo-de-paula/

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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