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07 de Maio de 2018

UFRN é a primeira instituição de ensino superior das Américas a firmar acordo com a universidade de Lourraine

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Um trabalho de pesquisa que será realizado em dois anos, proporcionado o intercâmbio entre pesquisadores brasileiros e franceses, em busca de melhores soluções para os problemas existentes nos sistemas de saúde pública. Esse um dos resultados previstos para o acordo de cooperação assinado entre a UFRN e a Universidade de Lourraine, na França. Através dessa parceria, a UFRN se torna a primeira instituição de ensino das Américas a firmar um acordo de cooperação com a instituição francesa.

A cooperação foi assinada pelo coordenador do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde, da UFRN, professor Ricardo Valentim e pelo o Professor Jean-Yves Marion, Diretor do LORIA, Laboratório de Pesquisa, da Universidade de Lourraine.

De acordo com a proposta o trabalho será desenvolvido em três etapas, iniciando pela elaboração de um projeto de pesquisa conjunto entre os dois laboratórios. Em seguida, ocorrerá a troca de experiências, envolvendo materiais, dados e informações estratégicas para o desenvolvimento das pesquisas, além do intercâmbio entre estudantes, professores, pesquisadores e a promoção de eventos científicos entre as duas instituições. A proposta é que o encerramento do projeto será marcado pela publicação dos resultados obtidos ao longo desses dois anos de cooperação.

Para o professor Jean-Yves Marion, diretor do Loria, esse tipo de intercâmbio é fundamental para o desenvolvimento de estudos ainda mais abrangentes em todas as áreas e, especialmente, na área da saúde. “Sempre é muito importante trocar ideias entre os estudantes, professores e pesquisadores”.

Opinião semelhante tem o professor Karl Tombre, vice presidente de Estratégia Europeia e Internacional da Universidade de Lorraine, destacando o fato LAIS ser um grupo de profissionais interdisciplinares, o que possibilita uma atuação de enfrentamento aos desafios na Saúde Pública. “O intercâmbio internacional entre cientistas é indispensável”, complementou.

Tecnologias para tratamentos em saúde

Durante a visita à instituição francesa, a equipe do LAIS conheceu a pesquisa desenvolvida pelo LORIA, nas áreas de aprendizagem em ambiente virtual, e-Saúde e tecnologias para saúde, Inteligência Artificial e Robótica. Os brasileiros, também, tiveram a oportunidade de apresentar o Projeto de Resposta Rápida à Sífilis, que o Ministério da Saúde vem realizando em parceria com o LAIS.

Toda a programação colocada em prática no país europeu consolida o trabalho realizado que o LAIS vem desenvolvendo na área de internacionalização, conforme explicou o professor Ricardo Valentim. “Com esse acordo, haverá um trânsito entre pesquisadores para resolver problemas na área de sistemas inteligentes, processamento de dados e sistema de informação com grande volume de dados na área de saúde, beneficiando a toda sociedade”.

Cooperação para pesquisa em Portugal

Durante dois dias, a equipe de pesquisadores do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – LAIS/UFRN esteve em Portugal com o objetivo de discutir propostas de acordo para cooperação técnica entre instituições portuguesas e a UFRN. As reuniões ocorreram na Universidade de Coimbra, na Universidade Aberta de Portugal, no Instituto Politécnico de Leiria e na Universidade Nova de Lisboa.

A delegação brasileira de pesquisadores, chefiada pelo professor Ricardo Valentim, coordenador do LAIS, e pela professora Carmem Rêgo, secretária de Educação a Distância da UFRN, apresentou alguns resultados de projetos e pesquisas e as propostas de cooperação internacional com as instituições. Entre eles, destacou-se a experiência do LAIS na formação dos profissionais da saúde com cursos a distância, por meio do Ambiente Virtual de Aprendizagem do SUS – AVASUS, com o objetivo de expandir essa experiência para os países de língua portuguesa, além de Canadá e França.

Outro ponto discutido foi a cooperação entre o Laboratório e as instituições visando pesquisas de pós-graduação com base no Projeto de Resposta Rápida à Sífilis. “É importante ressaltar que todos as dissertações e teses produzidas dentro da cooperação trarão produtos, ou seja, resultados efetivos para a sociedade, com a resolução de problemas reais”, explicou professor Valentim.

Projeto visita instituições portuguesas

As reuniões tiveram início pela cidade de Leiria, com uma visita à Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, contando com a presença das professoras Carla Freire e Sandrina Milhano, diretora da Escola. Para Milhano, a possibilidade de aprender mais com o LAIS é bastante significativa para a Escola. “Estamos muito curiosos em conhecer mais, em aprender mais sobre o Lais nas várias áreas e vejo a possibilidade de um conjunto de cooperações e aprendermos em conjunto”.

Em seguida, a comitiva seguiu para Coimbra, onde se reuniu com os professores Antonio Rochette, Sara Dias Trindade e José Antonio Moreira, do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX. Durante as conversas, muitas possibilidades de cooperação entre as duas instituições foram ressaltadas diversas vezes, com vantagens para todos os participantes. De acordo com a Sara, um dos principais pontos que esse novo acordo pode ter é o know-how das duas instituições. “Uma universidade de mais de 600 anos, como é o nosso caso, precisa se adaptar aos novos tempos e rentabilizar as capacidades e competências que outros podem ter”.

O segundo dia da programação foi totalmente dedicado às instituições da capital portuguesa. A primeira reunião ocorreu na Universidade Aberta de Lisboa, com a presença da Vice-Reitora para a Qualidade e Cooperação Internacional da Instituição, Carla Padrel, e do professor José Sales, Pró-reitor para Aprendizagem ao Longo da Vida e Extensão Cultural.

Na ocasião, a Vice-Reitora ressaltou a importância do diálogo com o LAIS. “Integrar um projeto que já está em curso, com a possibilidade de aprender com o melhor que já se faz e integrar a rede e ajudar os países de língua portuguesa que podem se beneficiar dessa parceria”.

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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