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08 de Maio de 2019

Startups de notícias respondem à demanda por novo jornalismo

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A demanda por conteúdo diferenciado, interativo e baseado em novos formatos motivou, nos últimos anos, a criação de plataformas e startups de jornalismo. Esse movimento também atraiu investidores como a organização Luminate, criada por Pierrer Omidyar, fundador do eBay, que aportou, no ano passado, US$ 920 mil na plataforma Nexo e prevê investimentos de até US$ 1,5 mihão em startups de jornalismo independente na América Latina em 2019.

“Um ecossistema de mídia diversificado é essencial para qualquer democracia. É possível ser um veículo independente, pequeno e exclusivamente digital”, afirma Paura Miraglia, CEO e fundadora do Nexo, ressaltando a independência da plataforma.

Independência também é uma premissa de Gustavo Kahil, fundador da Money Times,  plataforma especializada na cobertura de finanças e criada em 2016. Com anos de experiência na cobertura de finanças e negócios, Kahil percebeu que corretoras e gestoras não tinham um espaço apropriado para divulgar produtos e dialogar com o seu público-alvo. “Notícias sobre novidades de empresas são divulgadas por canais oficiais como CVM ou assessorias de imprensa e a maior parte dos sites apenas replica as agências tradicionais”, afirma. Em abril deste ano, a plataforma teve 1 milhão de usuários únicos, alta de 200% em relação à abril do ano passado.

Antonio Tabet, cofundador do MyNews, explica que interação e diversidade de formatos estão diretamente associados ao desempenho do canal, criado em março do ano passado. “Acho que a pluralidade tem uma diferença muito grande, essa diversidade, trazendo todas as correntes de pensamento para participar dos diversos programas do canal, agrada ao público, que sente falta disso.

E é fácil: o cara consome no celular, em casa, na televisão, onde ele quiser. A demanda é por mais conteúdo, um conteúdo analítico e plural”. Tabet acrescenta que o fato de ter sido lançado em ano eleitoral também pode ter impactado no crescimento do MyNews “Além disso, tem este contato direto com a audiência, que escreve, deixa recado, que elogia, critica, que dá sugestão. Isso tudo deixa o jornalismo mais dinâmico.”

Apesar disso, ele reconhece que trazer anunciantes e patrocinadores é realmente um desafio, “até porque está todo mundo aprendendo a precificar esta audiência, aprendendo a lidar com esta audiência. Não é só fazer um vídeo ou jingle bonito e colocar. É mais uma coisa tailor-made”, afirma Tabet.

Com informações do Portal Meio & Mensagem

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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