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07 de Outubro de 2018

Linguagem corporal certa para uma comunicação efetiva: confira 10 dicas para conquistar a atenção da sua audiência

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Por Juliska Azevedo

O primeiro turno das Eleições 2018 chegou ao fim hoje deixando algumas lições sobre a conquista da audiência – no caso o eleitor – pela comunicação. Ao observar o desempenho nos discursos e falas, seja nos programas eleitorais ou nos debates, chamou a atenção o uso da linguagem corporal pelos candidatos e o quanto ela influencia na credibilidade da mensagem. Teve candidato que sofreu derrocada ao longo da campanha presidencial por falta de uma postura mais efetiva, que passasse maior credibilidade da mensagem.

O sucesso da abordagem ao público não depende apenas de ser o representante de determinada ideia ou proposta e memorizar o discurso a ser feito no palanque eletrônico. Além das palavras bem colocadas, a linguagem corporal – a forma como seu corpo se comporta enquanto você fala – tem papel fundamental para cativar a atenção do público e revestir de credibilidade o discurso apresentado. Esta linguagem além das palavras irá interferir, significativamente, na aprovação do público.

O antropólogo americano Ray Birdwhistell, um dos pioneiros no estudo da linguagem corporal, afirma que 65% das interações acontecem por meio de gestos, olhares e outros recursos silenciosos e “apenas 35% do significado social de qualquer interação corresponde às palavras pronunciadas, pois o homem é um ser multissensorial que, de vez em quando, verbaliza”.

Mas que pontos são mais observados e devem ser o alvo de atenção por parte de quem se apresenta em público? Há três pontos de atenção principais para a expressão corporal. São eles expressão facial, gesticulação e postura. Se os três elementos que quando estão em harmonia com o discurso realizado, passam segurança e credibilidade.

Excesso de formalidade

Em uma disputa para presidente, quando o candidato precisa atrair para si a confiança do eleitor, os que apresentaram excesso de formalidade tiveram maior dificuldade. Gestos lentos com pouco comando, pouca energia e força, afastam a atenção do eleitor. No entanto, o extremo contrário também pode gerar desconfiança: o uso de energia exacerbada e gestos muito firmes, pode denotar arrogância e autoritarismo.

Outro ponto que complica a aceitação de um candidato em apresentação é o recurso do deboche. Debochar significa utilizar a inteligência para humilhar, em vez de encantar. No que se refere à linguagem corporal, é geralmente acompanhado de um sorriso no canto da boca. A energia e elegância ao falar – no entanto, sem recorrer à formalidade excessiva - geralmente provocam maior empatia do que esse recurso.

Falta de energia

Fala cansativa, acompanhada de poucos gestos e cabeça projetada para frente, reduz o brilho da exposição. Colocar-se como vítima tem o efeito contrário ao gerado: causa pouca empatia. A falta de tato, energia e vigor pode ser mortal em uma tentativa de ser influente.

A observação dos candidatos pode trazer lições preciosas para profissionais das diversas áreas que precisam apresentar-se em público e chamar a atenção da audiência. Sejam palestrantes, professores ou executivos, advogados ou diretores de empresas: as dicas sobre como apresentar-se bem para conquistar a atenção e a credibilidade da audiência interessam às mais diversas atuações.

O Blog traz 10 dicas para apresentar-se bem e não permitir que erros na linguagem corporal possam sabotar a credibilidade da sua mensagem e, consequentemente, afastar sua audiência:

1.O aspecto mais importante é a expressão facial. Dar uma boa notícia de cara fechada ou uma informação negativa sorrindo derrubam a credibilidade, podem soar como ironia. É preciso demonstrar na fala, no rosto, a emoção que está vivendo. A expressão facial é indispensável para dar credibilidade ao que está sendo dito. Por outro lado, uma cara muito séria costuma gerar pouca empatia com a audiência;

2. Fique atento às suas pernas. Pernas cruzadas, andar de um lado para o outro ou ficar balançando desviam a atenção da audiência e podem passar insegurança. Se mexer de forma inconsciente pode demonstrar estresse;

3. A postura neutra é a mais adequada: pernas paralelas, ombros paralelos ao corpo e cabeça perpendicular ao chão. Ter cuidado para não ficar o tempo todo se apoiando em uma das pernas, o que pode dar a impressão de desleixo à postura;

4. Movimente-se, mas sem andar demais. Quando quiser se aproximar de determinado lado da plateia, ande até lá e permaneça um tempo parado;

5. Evita a postura encolhida, com mãos sobre a barriga. Pode passar a impressão de insegurança e desconforto. Mantenha ombros abertos;

6. Os gestos servem para enfatizar o que está sendo dito e dão dinamismo à fala. No entanto, evite gesticular na altura da cabeça, o que pode passar nervosismo ou autoritarismo. Os gestos devem ser naturais e complementar a mensagem da fala;

7. Se gesticular, por um lado, é bom, o vício de mexer no cabelo, nas orelhas ou coçar o nariz podem externar tensão, sem reforçar a mensagem;

8. Para gerar uma boa conexão com a sua audiência, demonstre simpatia e satisfação por estar diante do seu público. Faça conexão visual. Olhe para as pessoas para afirmar o que você diz. As pessoas ficam mais dispostas a ouvir;

9. Não fale muito rápido, nem muito devagar e nem muito baixo. Dê ênfase às palavras e expressões mais importantes para prender a atenção de quem ouve. Evite cruzar os braços ao falar;

10. Se por um lado não é bom se movimentar demais ou muito rápido, também não é recomendável permanecer parado durante toda a fala. O cérebro precisa de movimento para permanecer alerta à mensagem.

Foto: Pixabay.

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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