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17 de Julho de 2018

Jornal impresso tradicional dos EUA estreia canal em rede social de games em busca de audiência jovem

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O jornal The Washington Post estreou seu canal no Twitch, rede social especializada em jogos eletrônicos que, aos poucos, tem incorporado vídeos com outros conteúdos. O objetivo da iniciativa é alcançar novas audiências de vídeo, em especial os mais jovens, informou o site especializado Digiday. O Twitch pertence à Amazon, do bilionário Jeff Bezos, também proprietário do diário norte-americano.  

O primeiro programa a ir ao ar pelo novo canal transmitiu ao vivo o encontro dos presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, em Helsinque, na Finlândia. Apresentado pela repórter Libby Casey, o programa – sem periodicidade definida – também analisou a reunião dos dois mandatários, com entrevistas e análises. Outro programa, também jornalístico, “Playing Games with Politicians”, tem estreia marcada para quinta-feira (19). O repórter David Weigel entrevistará proeminentes políticos enquanto eles jogam videogame.

O Twitch tem 15 milhões de usuários diários ativos diariamente e, segundo relatos, 1 milhão de visualizações a qualquer momento. A decisão do jornal em investir em vídeos nesta rede social ocorreu após o sucesso de uma primeira experiência: a transmissão das audiências de Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, no Congresso dos Estados Unidos, em abril. No primeiro dia, a transmissão registrou 380 mil espectadores e, no segundo, saltou para 1,5 milhão de visualizações. No mesmo dia, o canal de jogos mais visto foi o Fortnite, com pouco mais de 200 mil visualizações ao vivo.

"O cenário digital está evoluindo, e a questão é: onde está o nosso público agora?", disse Phoebe Connelly, vice-diretora de vídeo do The Washington Post. “Neste momento, uma enorme audiência de vídeo vive no Twitch. Esse é o apelo para nós”.  Connelly negou que a decisão tenha algum associação ao fato de o Twitch pertencer a Bezos. 

O The Washington Post já foi um grande usuário do Facebook Live, com mais de 175 vídeos ao vivo por mês na rede social de Mark Zuckerberg. Desde o começo deste ano, a partir das mudanças nas políticas e nos algoritmos do Facebook, o jornal passou a investir mais na distribuição de seus vídeos ao vivo em plataformas próprias e no YouTube.

O Twitch tem algumas vantagens para os publishers que buscam novos públicos. Primeiro, os fluxos ainda são gerados pelos usuários, e não há muito conteúdo produzido profissionalmente, embora isso esteja crescendo. O jogo ainda é a principal atração, mas os produtores que não usam games, como BuzzFeed, Cheddar e NBA, transmitem vídeo sob demanda ou ao vivo na rede social, cujo público médio tem entre 18 e 34 anos.

Leia mais em: https://digiday.com/media/washington-post-starting-channel-amazon-owned-twitch/

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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