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07 de Janeiro de 2023

A transformação digital está nos deixando mais solitários?

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Mais da metade dos brasileiros afirmam que se sentem solitários. A informação faz parte de um levantamento realizado pela Ipsos com pessoas de 28 países sobre o impacto da Covid. Dentre todas as nações, o Brasil registrou o maior índice de solidão. Outra pesquisa sobre o fenômeno, com foco em adolescentes, sugere que uma das possíveis causas pode ser o uso excessivo de smartphones. Será que o estilo de vida conectado isola as pessoas? Para o psicólogo Claudio Melo, especialista da Holiste Psiquiatria, não se deve vilanizar a tecnologia.

"A transformação digital pode ter um impacto na solidão de algumas pessoas, ao afastá-la de outras atividades sociais e face a face. No entanto, também pode ser uma maneira eficaz de combatê-la, por exemplo, nos conectando a amigos e familiares à distância. O que precisamos nos atentar é que o sentimento pode ser uma experiência normal e saudável em determinadas situações, mas a solidão excessiva ou prolongada pode ser um sinal de problemas de saúde mental ou emocional", alerta.

Nos casos mais graves, quando a pessoa não tem controle ou possui severas dificuldades em conviver com os outros, em função de seu comportamento ou personalidade, a solidão pode ser sinal de problemas relacionados à saúde mental. O psicólogo aponta que, em alguns casos, mesmo na companhia de outras pessoas, vivenciamos solidão, pois não sentimos conexão ou apoio de quem nos cerca, mas esta percepção também pode indicar sinais de adoecimento emocional.

"Em resumo, é importante equilibrar o uso da tecnologia com atividades sociais e de interação presencial. A solidão é uma experiência humana não necessariamente patológica que pode surgir em qualquer momento da vida. Algumas pessoas podem sentir-se solitárias em momentos de transição, como mudar de cidade ou após um divórcio. Isso faz parte do processo de adaptação, o que chamamos de trabalho de luto. Contudo, se a solidão estiver afetando negativamente a sua saúde mental, é hora de procurar ajuda profissional", destaca Claudio Melo.

Grupos mais vulneráveis

Apesar de poder afetar a todas as pessoas em algum momento, o especialista da Holiste Psiquiatria afirma que a solidão pode ser um problema mais recorrente em determinadas fases da vida: adolescência e velhice. "Na adolescência, por exemplo, em que o jovem está passando por um processo de transição para a vida adulta, estas mudanças podem ser fonte de solidão. Outro caso muito comum é na terceira idade, seja por conta do afastamento dos entes queridos e até mesmo pela morte de amigos ou companheiros de vida, ou até mesmo pela própria estrutura social que isola e desampara as pessoas nessa idade".

Assim, são muitos os aspectos que podem ser gatilhos para a solidão. O mais importante é perceber que se há sofrimento emocional e psíquico, a ajuda profissional pode ser o primeiro passo para uma vida menos solitária. Quando o assunto é saúde mental, a informação é o primeiro passo do tratamento. Para saber mais sobre o tema, acesse: https://holiste.com.br/

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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